CONCLUSÃO
Na Europa medieval, aquelas mesmas mulheres que foram perseguidas mantinham vivo o importante conhecimento das plantas medicinais, como o fizeram povos nativos de outras partes do mundo. Sem essas tradições ligadas às ervas talvez nunca tivéssemos produzido o arsenal de fármacos que temos atualmente. Mas hoje, se não executamos mais os que apreciam remédios potentes feitos com o mundo dos vegetais, estamos eliminando as próprias plantas. A contínua perda das florestas pluviais tropicais do mundo, hoje estimada em quase dois milhões de hectares a cada ano, pode nos privar da descoberta de outros alcalóides que poderiam ser ainda mais eficazes no tratamento de uma variedade de afecções e doenças.
Talvez nunca venhamos a descobrir que há moléculas com propriedades antitumor, ativas contra HIV, ou que poderiam ser remédios milagrosos para a esquizofrenia, os males de Alzheimer e Parkinson nas plantas tropicais, que a cada dia mais se aproximam da extinção. De um ponto de vista molecular, o folclore do passado pode ser uma chave para nossa sobrevivência no futuro.
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