sábado, 23 de abril de 2011

CONCLUSÃO


CONCLUSÃO
Na Europa medieval, aquelas mesmas mulheres que foram perseguidas mantinham vivo o importante conhecimento das plantas medicinais, como o fizeram povos nativos de outras partes do mundo. Sem essas tradições ligadas às ervas talvez nunca tivéssemos produzido o arsenal de fármacos que temos atualmente. Mas hoje, se não executamos mais os que apreciam remédios potentes feitos com o mundo dos vegetais, estamos eliminando as próprias plantas. A contínua perda das florestas pluviais tropicais do mundo, hoje estimada em quase dois milhões de hectares a cada ano, pode nos privar da descoberta de outros alcalóides que poderiam ser ainda mais eficazes no tratamento de uma variedade de afecções e doenças.
Talvez nunca venhamos a descobrir que há moléculas com propriedades antitumor, ativas contra HIV, ou que poderiam ser remédios milagrosos para a esquizofrenia, os males de Alzheimer e Parkinson nas plantas tropicais, que a cada dia mais se aproximam da extinção. De um ponto de vista molecular, o folclore do passado pode ser uma chave para nossa sobrevivência no futuro.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

ATROPINA E OS ALCALÓIDES


ATROPINA
A atropina é um alcalóide, encontrado na planta Atropa belladonna e outras de sua família, que interfere na acção da acetilcolina no organismo. Ele é um antagonista muscarínico que age nas terminações nervosas parassimpáticas inibido-as.
A Atropa belladona (ou erva-moura mortal) fornece principalmente o alcalóide Atropina (dl-hiosciamina). O mesmo alcalóide é encontrado na Datura stramonium, conhecida como estramônio ou figueira-do-inferno, pilrito, ou ainda maçã-do-diabo. A atropina é formada por ésteres orgânicos pela combinação de um ácido aromático (ácido trópico) e bases orgânicas complexas formando tropina (tropanol).
A atropina é um antagonista competitivo das ações da acetilcolina e outros agonistas muscarínicos. Ela compete com estes agonistas por um local de ligação comum no receptor muscarínico. Como o antagonismo da atropina é competitivo, ele pode ser anulado se a concentração da Acetilcolina ou de agonistas colinérgicos nos locais receptores do órgão efetor for aumentada suficientemente. Todos os receptores muscarínicos (M1 a M5) são passíveis de serem bloqueados pela ação da atropina: os existentes nas glândulas exócrinas, músculos liso e cardíaco, gânglios autônomos e neurônios intramurais.
A atropina quase não produz efeitos detectáveis no SNC nas doses usadas na prática clínica. Em doses terapêuticas (0,5 a 1,0 mg), a atropina causa apenas excitação vagal suave em conseqüência da estimulação da medula e centros cerebrais superiores. Com doses tóxicas da atropina a excitação central torna-se mais acentuada, produzindo agitação, irritabilidade, desorientação, alucinações ou delírio. Com doses ainda maiores, a estimulação pode ser seguida de depressão resultando em colapso circulatório e insuficiência respiratória depois de um período de paralisia e coma.
A ação cardiovascular depende da dose. Em baixas doses há a diminuição da frequência cardíaca, pois o efluxo eferente vagal é ativado, bloqueado o M1 nos neurônios inibitórios pré-juncionais, permitindo a liberação de acetilcolina. Já em altas doses a atropina bloqueia os receptores M2 no nódulo sinoatrial e a frequência cardíaca aumenta.
A atropina inibe as secreções do nariz, boca, faringe e brônquios e, dessa forma, resseca as mucosas das vias respiratórias. Essa ação é especialmente pronunciada se as secreções forem excessivas e constitui-se na base para a utilização da Atropina como medicamento pré-anestésico.
ALCALÓIDES

O grupo dos alcalóides compreende princípios ativos com diversas aplicações. Enquanto a emetina e a efedrina apresentam grande utilidade terapêutica, outros representantes do grupo, originalmente empregados como analgésicos, são largamente consumidos como estupefacientes. Exemplos são a cocaína e a morfina.
Os alcalóides são compostos químicos naturais, de origem vegetal, derivados de bases orgânicas nitrogenadas. São geralmente substâncias cristalinas, incolores, não voláteis, de gosto amargo, insolúveis em água e solúveis em álcool etílico, éter, clorofórmio, tetracloreto de carbono, álcool amílico e benzeno. Alguns são líquidos e solúveis em água, como a conina e a nicotina, uns poucos corados, como a berberina, que é amarela. A maioria dos alcalóides livres é levogira (giram o plano da luz polarizada para a esquerda), alguns são opticamente inativos e outros, dextrogiros (giram o plano da luz polarizada para a direita). Cabe observar que as soluções dos sais de alcalóides apresentam, freqüentemente, sinal e poder rotatório diferente daqueles dos alcalóides livres e que as diferenças dependem da concentração e da natureza do solvente.

        Desde épocas remotas sabe-se que os extratos brutos de certas plantas são remédios eficientes ou venenos poderosos. Por isso, já no início da química orgânica os pesquisadores se interessaram pelo isolamento e a identificação dos princípios ativos neles contidos. Em 1806, Friedrich Wilhelm Sertürner, farmacêutico alemão, isolou do ópio um composto básico a que, dada sua notável propriedade sedativa, deu o nome de morfina. Por volta de 1810, o médico português Bernardino Antônio Gomes isolou da cinchona (quina) uma substância cristalina, que denominou cinchonina. Anos depois, o químico e farmacêutico francês Pierre-Joseph Pelletier, orientando-se pelo trabalho de Sertürner, isolou outros alcalóides, como a quinina, a cinchonina, a estricnina, a colquicina e a veratrina.
Em 1840, a maioria dos alcalóides mais importantes estava isolada e identificada, sobressaindo entre eles, além dos acima citados, os seguintes: a piperina (da pimenta do reino); a cafeína (do café); a conina ou cicutina (da cicuta); a atropina (da beladona); a codeína e a tebaína (do ópio); a hiociamina (do meimendro); a emetina (da ipecacuanha); a curarina (do curare); e a aconitina (do acônito).
BIBLIOGRAFIA:

LIBERAÇÃO DAS DROGAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS


LIBERAÇÃO DAS DROGAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Para aqueles que argumentam que liberar as drogas reduz a criminalidade e a violência, isso é uma grande inverdade ou um grande equívoco. Em se tratando de Brasil (e não da Europa, onde a maioria consegue sustentar o próprio vício sem precisar praticar crimes), a liberação das drogas, a bem da verdade, pode até acabar com o tráfico de substâncias entorpecentes (a droga poderia ser vendida), mas até aí acabar com roubos, furtos, extorsões, seqüestros, crimes fiscais (lavagem de dinheiro) e acidentes de trânsito com vítimas lesionadas ou fatais, isso se trata de um grande engano. Com referência a furtos e roubos estes continuariam a existir, visto que se a pessoa não tem dinheiro para adquirir a droga (seja ela vendida pelo traficante, num balcão de um bar ou ainda nos fundos de um quintal) continuaria buscando no patrimônio dos outros os recursos para tanto; e isso até independe do tipo de droga. Além de droga ser droga (que é o óbvio), qualquer droga (principalmente as ilícitas) costumam ser degraus para outras mais pesadas; apenas uma minoria consegue se manter num único tipo de droga (somente aqueles que se julgam mais intelectualizados); por essa razão, não venham aqueles de classe média ou alta, alguns, inclusive, com grande capacidade intelectual e cultural (e que normalmente têm plenas condições de sustentar seu vício sem praticar outros crimes), falarem que no Brasil, onde a desigualdade social e econômica é bem elevada, a maconha é uma droga que não faz mal e pode muito bem ser consumida. O Brasil vai demorar muito para ter uma distribuição de renda “per capita” igualitária, e não pode ser comparado ainda a uma Holanda ou a uma Suíça.                       Além disso, com essa liberação, imagine como aumentaria o comércio clandestino de drogas, o qual não seria mais considerado crime, todavia continuaria sendo comercializado em “fundos de quintal” e de forma irregular, burlando o fisco e a arrecadação fazendária, já que para esse tipo de mercadoria (tidos como não essenciais) os impostos, com certeza, seriam bem mais pesados. A conseqüência disso seria remessas de dinheiro destinadas ao exterior, sem o pagamento de impostos, aumentando o número de receitas não declaradas (com lavagem de dinheiro), o que lesaria consideravelmente o erário. E os roubos? Porque não dizer também que os próprios estabelecimentos fornecedores de drogas ilícitas (clandestinos ou legalizados) poderão ser vítimas de um drogado sem dinheiro e em crise de abstinência?                         E com relação aos acidentes no trânsito (que matam até mais do que a criminalidade)? Estes também aumentariam consideravelmente, vez que, hodiernamente, cerca de 80% (oitenta por cento) dos acidentes de trânsito são resultados da ação imprudente de motoristas alcoolizados, sendo que, imaginem numa situação de liberação de drogas, o que esse número de acidentes aumentaria tendo motoristas não só alcoolizados, mas também drogados ao volante.                         Muito também se fala que o viciado é um doente e a questão das drogas seria de saúde pública. Aqui, evidente que se a pessoa fizer uso, de forma constante, de substância entorpecente (malgrado a lei preveja essa conduta como crime), possivelmente esta acabará tendo, com o decurso do tempo, uma neuropatologia e, conseqüentemente, a droga o deixará doente, acarretando prejuízos ao seu sistema nervoso e também um aumento de gastos com a saúde pública (o que também traz gastos ao erário e porque não dizer a toda coletividade que custeia o erário). O problema, além disso, é que muitos não ficam só no consumo, mas também extrapolam para furtos, roubos, seqüestros e homicídios caso lhes faltem recursos para sustentar o vício, crimes esses que, em vários casos, se iniciam dentro da própria família. Para as várias situações criminosas, se estaria liberando o consumo, mas, ao mesmo tempo, abrindo-se as portas da Cadeia para aqueles que não têm condições de sustentar o vício por conta própria e que lesam o patrimônio alheio quando do cometimento de outros crimes.                         Então se indaga: é justo liberar as drogas só para os ricos, ou somente para aqueles que tem condições de sustentar o vício sem lesar o patrimônio de uma pessoa inocente, patrimônio esse, muitas vezes, conquistado com muita luta e suor? É evidente que não; não haveria nenhuma igualdade nessa situação. Além disso, aqueles que defendem a liberação da maconha sequer imaginam que também poderão ser vítimas de furtos, roubos ou seqüestros daqueles que são viciados como eles, mas que, diferente deles, não conseguem, por conta própria, sustentar o vício ou ficar só utilizando maconha, mas fazendo uso de outras drogas, como o crack, por exemplo, de efeitos devastadores e agressivos. Existem, inclusive, pais usuários que estão sendo vítimas de furtos ou agressões de seus próprios filhos que, também viciados, procuram no patrimônio do pai a satisfação de seu vício.                   Por isso, nesses casos, não se tem um problema quase que exclusivamente relacionado à saúde, mas também relacionado à vida e ao patrimônio de outras pessoas, as quais, como dito, podem ser os próprios viciados ou os seus familiares. A maconha também não é igual ao álcool ou o cigarro, que, apesar de serem drogas que causam inúmeros danos coletivos (principalmente o álcool), possuem um grau de dependência baixo e médio, respectivamente. A maconha, diferentemente, traz maiores conseqüências, pois é uma droga com grau de dependência bem mais elevado, e que, por essa razão, se for liberada, a grande maioria dos usuários não a utilizarão apenas socialmente, mas sim se tornarão verdadeiros viciados. E o pior é que essa quantidade de viciados será bem maior do que a de viciados em álcool, já que a capacidade de viciar e manter no vício da droga ilícita supera em muito o álcool.  Todavia, convém esclarecer que isso não exclui o álcool de ser uma droga que também traz inúmeros malefícios às pessoas.                       Também dizer que a solução estaria no governo fornecer a droga gratuitamente é um equívoco de consideráveis proporções. Como podem os órgãos públicos fornecer gratuitamente substâncias que provocam prejuízos à saúde ou que causem alterações psicológicas que podem levar ao cometimento de condutas ilícitas, principalmente o cometimento de crimes de trânsito, os quais, inclusive, proporcionalmente, matam muito mais do que a criminalidade. Acrescenta-se, outrossim, o aumento considerável dos gastos com a saúde pública na recuperação dessas pessoas, não só as vitimizadas por acidentes, mas também as de patologias advindas do próprio uso de drogas, sem contar os suicídios ocorridos em razão da depressão provocada pelo vício. Então, ao contrário do que alguns pensam, o problema de quem usa droga não é só dele (usuário) ou da saúde dele, mas sim de toda a coletividade; ou seja, não é meramente individual, mas também social.                                Destarte, a liberação das drogas ilícitas não é o caminho adequado; pelo contrário, pode gerar outras conseqüências também extremamente graves. O que se tem a fazer, além da repressão legal, é educar, orientar e fiscalizar os nossos jovens (incansavelmente) para que não entrem no mundo das drogas e não se tornem reféns desse vício cruel. É extremamente importante prender os traficantes, principalmente os “peixes grandes”, mas não se pode esquecer que outros peixes grandes (ou peixes menores promovidos a grande) serão colocados no lugar e, infelizmente, essa rede criminosa irá se reestruturar. Só a prevenção é 100% eficaz; “se não tem quem compra, não tem quem vende”; “se não existe o vício, não existe o roubo ou o furto para sustentar esse vício”. O usuário é o principal alimentante de todo esse sistema, e porque não dizer, acaba contribuindo, mesmo muitas vezes sem nenhuma intenção e de forma indireta, para ao aumento da violência; por isso, todos têm que fazer a sua parte. Essa missão cabe a todos - pais, educadores, políticos e a toda a sociedade civil organizada; evitar que pessoas entrem nas drogas significa impedi-las de ingressar no mundo do crime e da violência.

FONTE:
http://batataisonline.com.br/lercoluna/591/liberacao-das-drogas-e-suas-consequencias

LSD



O LSD
O LSD, também chamado de ácido, pills, cones ou trips é uma droga com ação alucinógena ou psicodélica. A dietilamida do ácido lisérgico é sintetizada clandestinamente a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpúrea).
Pode apresentar a forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina, micropontos ou folhas de papel secante (como selos ou autocolantes), sendo que uma dose média é de 50 a 75 microgramas. É consumido por via oral, absorção sub-lingual, injectada ou inalada.
Esta substância age sobre os sistemas neurotransmissores seratononérgicos e dopaminérgicos. Para além disso, inibe a actividade dos neurónios do rafe (importantes a nível visual e sensorial).
Não são conhecidas utilizações terapêuticas desta substância.



Origem


O LSD (ácido lisérgico dietilamida) foi sintetizado por Albert Hoffman em 1937, mas só em 1953 é que foram descobertos os seus efeitos alucinogéneos. Este químico alemão estava a trabalhar num laboratório suíço na síntese dos derivados do ácido lisérgico, uma substância que impede o sangramento excessivo após o parto. A descoberta dos efeitos do LSD verificou-se quando Hoffman ingeriu, de forma não intencional, um pouco desta substância e se viu obrigado a interromper o seu trabalho devido aos sintomas alucinatórios que estava a sentir.
Inicialmente, foi utilizado como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais. Com o movimento hippie começa a ser utilizado de forma recreativa e provoca grande agitação nos Estados Unidos. O consumo do LSD difunde-se nos meios universitários norte-americanos, grupos de música pop, ambientes literários, etc. Lucy in the Sky with Diamonds, uma das mais conhecidas músicas dos Beatles, é uma alusão ao LSD.
Recentemente verificou-se um ligeiro aumento do consumo de LSD, provavelmente como resultado da influência do revivalismo dos anos 70.



Efeitos


Os efeitos variam consoante a personalidade do sujeito, o contexto (ambiente) e a qualidade do produto, podendo ser agradáveis ou muito desagradáveis. O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranóia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, baforadas delirantes podendo conduzir a actos auto-agressivos (suicídio) e hetero-agressivos, despersonalização, perda do controlo emocional, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade, depressão, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má viagem”. Poderão ainda ocorrer náuseas, dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco, debilidade corporal, sonolência, aumento da temperatura corporal.
Estes efeitos duram entre 8 a 12 horas e aparecem cerca de 30/40 minutos após o consumo.



Riscos


Não existem provas das consequências físicas do consumo de LSD; apenas se conhecem as relacionadas com problemas psicológicos, como a depressão, ansiedade, psicose, etc.
O consumo do LSD poderá provocar a alteração total da percepção da realidade.
O flashback ou revivescência é o principal perigo do consumo. Nestas situações, o indivíduo volta a experimentar a vivência tida com a droga, sem que para tal tenha de a consumir de novo. Estes flashbacks podem ocorrer semanas após a ingestão da substância.
Em mulheres grávidas pode induzir a contracção das fibras do músculo uterino.
Há riscos de sobredosagem dada a percentagem muito variável de pureza do produto. É desaconselhável o consumo não acompanhado/isolado devido a riscos de distracção perceptiva.
Quando misturado com produtos do tipo anfetaminas torna-se mais perigoso.
Não consumir em caso de problemas de saúde mental, depressão ou crises de ansiedade.

Fonte:
http://www.psicologia.com.pt/instrumentos/drogas/ver_ficha.php?cod=lsd

DROGAS ALUCINÓGENAS


DROGAS ALUCINÓGENAS
Com o nome de drogas alucinógenas denomina-se um conjunto de substâncias naturais ou sintéticas capazes de atuar sobre o sistema nervoso de uma forma ainda não muito bem conhecida. A classificação mais consensualmente aceita para tal classe de substâncias psicoativas foi proposta por Jean Delay que as classifica como Dislépticas (modificadoras) em oposição aos compostos moleculares ou moléculas cujo efeito pode ser considerado como Lépticos (estimulantes) e Analépticos (depressores). A utilização destas drogas com fins recreativos oferecem sérios riscos. Distorcem os sentidos e confundem o cérebro e afetam a concentração, os pensamentos e a comunicação. As drogas sintéticas, a exemplo do LSD, Anticolinérgicos e ecstasy Metilenodioximetanfetamina com um grau de pureza maior podem causar a confusão da noção de tempo e de espaço e causar um efeito similar ao sonho e às psicoses. Observe-se porém que nem todas as drogas que causam alucinações são consideradas alucinógenos, a exemplo da clássica visão dupla induzida pela intoxicação alcoólica.
As drogas alucinógenas, em Portugal, drogas alucinogénias, são assim chamadas por um de seus possíveis e mais relatados efeitos que é a propriedade de causar alucinações (falsas percepções) e visões irreais ou oníricas aos seus utilizadores. Outros nomes propostos também estão associados a efeitos atribuídos e relatados tais como: Psicotomiméticos e Psicotogênicos por induzir efeitos semelhantes à psicose (mais especificamente as alucinoses e alucinações) ou as causar; Psicodélicos por sua propriedade de fazer aparecer ou revelar a psique oculta; Enteógeno pelo reconhecimento antropológico de que tal classe de substâncias é frequentemente utilizado nas mais diversas culturas em rituais religiosos.
Esse último efeito atribuído também decorre da associação dessas substâncias à capacidade de facilitar a concentração ou meditação também descrita como expansão da consciência. No conjunto de alterações da consciência detectáveis por medidas do eletroencefalograma (eeg) situa-se na faixa das frequências alfa - a ou “sonhos lúcidos” entre a vigília plena e sono.
No plano das interpretações psicológicas ou psicanalíticas situa-se entre os fenômenos de modificação das emoções e personalidade, superficialmente descritas como uma relação entre o ego e o mundo exterior/interior, análogo as interpretações que se dá ao satori zen–budista, efeitos da yoga ou transe das religiões de possessão africanas, gregas, indígenas entre outras.
Na descrição da categoria Psicodislépticos, Goodman & Gilman referem-se a efeitos estimulantes e depressores simultâneos em diferentes sistemas (circuitos) de neurotransmissores ou regiões do cérebro, incluem os anticonvulsivantes não barbitúricos e relaxantes da musculatura esquelética narcoanalgésicos e analgésicos e antitérmicos psicotogênicos.
BIBLIOGRAFIA
http://pt.wikipedia.org/wiki/Droga_alucin%C3%B3gena


PLANTAS MEDICINAIS


PLANTAS MEDICINAIS

Planta medicinal é uma planta que contém substâncias bioativas. Muitas destas plantas são venenosas ou tóxicas, devendo ser usadas em doses muito pequenas para terem o efeito desejado. Na realidade, toda planta, mesmo alimentícia, pode ser potencialmente tóxica dependendo da dosagem.

Existe um grande número de espécies medicinais em todo o mundo, usadas desde tempos pré-históricos na medicina popular dos diversos povos. As plantas medicinais são utilizadas pela medicina atual (fitoterapia) em diversos países, incluindo o Brasil. Entretanto, a planta "in natura" ou pré processada utilizada pela população sem recomendação médica é uma prática denominada medicina popular (ou medicina tradicional) e obviamente tem seus riscos, como por exemplo, a dificuldade em se estabelecer dose, posologia e, em alguns casos, a verdadeira identidade de algumas espécies. As propriedades medicinais (ou mesmo tóxicas) destas plantas são pesquisadas em laboratórios de empresas farmacêuticas ou de universidades e institutos de pesquisa com o intuito de se identificar as substâncias que lhes conferem as propriedades farmacológicas, ou seja, encontrar os seus princípios ativos. Nestes estudos são utilizados vários modelos, sejam eles "in vitro" ou "in vivo" com animais e, dependendo da etapa, em humanos.

As plantas medicinais podem ser estudadas na forma de extratos (aquosos, etanólicos ou em outros solventes orgânicos) a fim de se investigar seu efeito levando em consideração todas as suas substâncias presentes ou com intuito de se isolar e identificar seus princípios ativos. Tais componentes futuramente podem até vir a se tornar um fármaco. Estas substâncias bioativas na maioria são metabólitos secundários que possuem efeito biológico não apenas em humanos, mas em outros organismos, os quais, dependendo da importância, podem ser sintetizados. De acordo com a legislação brasileira estabelecida pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os fitoterápicos são obtidos a partir de plantas medicinais. Entretanto, existe rigoroso controle de qualidade e uma forma farmacêutica final (comprimido, xarope, pomada), bula e informações aos pacientes, incluindo o seu registro junto ao órgão.

ALBERT HOFMANN

ALBERT HOFMANN
Albert Hofmann (Baden, Suíça, 11 de Janeiro de 1906 — Burg im Leimental, Suíça, 29 de Abril de 2008[1]) foi um cientista suíço, e mais bem conhecido como o "pai" do LSD.
Quando estava a trabalhar na síntese dos derivados do ácido lisérgico, uma substância que impede o sangramento excessivo após o parto descobriu acidentalmente os efeitos do LSD quando um traço da substância foi absorvido pela pele, de forma não intencional, um pouco desta substância e se viu obrigado a interromper o seu trabalho devido aos sintomas alucinatórios que estava a sentir. Inicialmente, foi utilizado como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais.
Hofmann, depois da popularização da droga para fins não medicinais, passou a se referir ao LSD como o seu filho problemático.
Albert Hofmann morreu de ataque do coração em 29 de abril de 2008 na cidade de Burg im Leimental, próximo de Basiléia, Suíça. Ele tinha 102 anos. É irônico que o descobridor de uma droga, e pesquisador de vários outras, provavelmente usuário delas, tenha morrido com mais de cem anos de idade, sempre lúcido e muito alegre.
O pai do LSD
Por volta das cinco horas da tarde do dia 19 de abril em 1943, Albert Hofmann começou a sentir tonturas. “Ansiedade”, escreveu em seu diário, “distorções visuais, sintomas de paralisia, vontade de rir.” Aí não escreveu mais nada. Hofmann tinha dificuldades para falar. Seu assistente no laboratório estava preocupado. A mulher do químico tinha viajado, não havia carros à disposição para levá-lo para casa – estavam todos em uso no esforço de guerra. Então, foram os dois de bicicleta.
Albert Hofmann tinha 37 anos naquela dia em abril. Hoje, neste 11 de janeiro de 2006, o homem que sintetizou o LSD completa 100. Continua lúcido, faz parte do comitê de notáveis que seleciona os vencedores do Prêmio Nobel, sua maior preocupação é com a falta de cuidados com o meio ambiente. Mas, na época, era um químico em meio de carreira nos Laboratórios Sandoz, em Basiléia, na Suíça.
Quando chegou em casa, ele pediu leite, um antídoto comum para envenenamento por produtos químicos. Bebeu dois litros ao longo da noite. “Um demônio havia me invadido”, escreveu em “LSD, meu filho problema”, livro de 1979. “Ele me possuiu o corpo, a mente, a alma; pulei, gritei tentando me livrar dele, mas então me afundei novamente no sofá, sem o que fazer.” Sua empregada se transformara numa bruxa horrível.
Quando o médico chegou, seu assistente explicou o que ocorrera. Três dias antes, o cientista havia entrado em contato com um concentrado do produto que estava sintetizando, o ácido lisérgico dietilamida. Talvez o ácido tenha tocado seu nariz, ouvido, até mesmo boca: ele é absorvido pelas mucosas. Após o acidente, sentiu uma leve intoxicação e, por umas duas horas, viu um caleidoscópio de intensas imagens coloridas. Intrigado, preparou-se para uma nova experiência com uma dose bastante pequena - 0,25 miligramas. Quando ingeriu a substância no “dia da bicicleta” foi lançado num mundo de terror.
O médico tomou seus sinais vitais e, fora as pupilas dilatadas, não percebeu nada de errado. Era esperar. E o horror passou, substituído por uma sensação agradável. Aí tornaram as cores. “Elas alteravam”, escreveu, “abriam e fechavam sobre si mesmas em círculos e espirais, explodiam em fontes multicoloridas se arranjando num fluxo constante.” No dia seguinte, experimentou o mais gostoso café da manhã de sua vida, os raios do sol da primavera faziam tudo brilhar, seus sentidos estavam num pico de sensibilidade que persistiram até a noite.

Bibliografia
• Wasson, Robert Gordon / Hofmann, Albert / Ruck, Carl A. P. (1978): The Road to Eleusis: Unveiling the Secret of the Mysteries (Ethno-Mycological Studies, No. 4). Harcourt. ISBN 0-15-177872-8
• Schultes, Richard Evans / Hofmann, Albert (1980): Plants of the Gods: Origins of Hallucinogenic Use. Random House / Arrow. ISBN 0-09-141600-0
• Hofmann, Albert (1981): LSD, My Problem Child. McGraw-Hill. ISBN 0-07-029325-2
• Hofmann, Albert (2001): LSD - Mein Sorgenkind. Klett-Cotta. ISBN 3-608-94300-5
• http://pedrodoria.com.br/2008/04/30/albert-hofmann-1906-2008/

ERVAS CURATIVAS E NOCIVAS


ERVAS CURATIVAS e NOCIVAS
Temos invocado ervas e fitoterapia para tratar os nossos males e as condições de séculos, e ainda hoje, mesmo quando muito mais é sabido sobre ervas e suas propriedades medicinais, muitos olham para eles como "charlatanismo". Grande parte do mundo médico prefere aconselhar a usar drogas sintéticas comerciais para o tratamento e cura.
As empresas farmacêuticas extraiem o que consideram ser o ingrediente ativo das ervas. Isolam-no e em seguida misturam-no com substâncias sintéticas. Infelizmente, isso pode levar a uma droga muito poderosa, mas desequilibrada. E isso é quando você pode começar a sentir efeitos secundários indesejados e até mesmo perigosos. Os ensaios clínicos de drogas são realizados no máximo durante alguns anos, enquanto que as plantas medicinais e ervas têm sido experimentadas e testadas durante centenas de anos. Eles são conhecidos por sua eficácia no tratamento de muitas doenças.

Pense sobre que tipo de tratamento prefere - químico ou através de ervas?

Os remédios podem estimular o sistema imunológico, aumentando a resistência do organismo às infecções, alergias e renovam a vitalidade do corpo. Durante séculos, a fitoterapia tem aumentado o nível de saúde em geral, na vitalidade e esperança de vida. Todos nós sabemos características benéficas da lavanda e do aloe vera, mas há uma lista interminável de ervas à sua escolha. Aqui estão apenas algumas:

- Goldenseal é conhecida pelas suas propriedades antibióticas.
- Camomila alivia a aflição do estômago, acalma os nervos, luta contra infecções, infecção, acelera a velocidades dos processos de cura e previne lesões.
- O alho é um antibiótico natural forte.  Ajuda a reduzir o colesterol e o risco de sofrer de ataques cardíacos, evitando a formação de coágulos sanguíneos. O alho também contém propriedades anti-virais.
- Ginseng é usado para aumentar a resistência, oferece proteção ao fígado de substâncias nocivas, e estimula o sistema imunológico.
- Feverfew é usado para ajudar a prevenir enxaquecas.
- Hortelã e Pimenta proporcionam alívio da indigestão.
- Auxílios Comfrey em crescimento de novas células e ajuda a cicatrizar feridas, pois contém alantoína.
- O gengibre pode reduzir o risco de ataque cardíaco por impedir coágulos de sangue e também é inestimável para a doença de movimento.

As ervas também têm sido usadas como afrodisíaco através dos tempos. Há um número que pode ser usado com segurança para aumentar o desejo sexual e desempenho para que os homens e mulheres possam tratadas a disfunção sexual, frigidez e impotência. Aqui as ervas podem funcionar de duas maneiras - uma para aliviar a ansiedade e o medo, e os outros para influenciar os hormônios.

Óleos naturais também são, evidentemente, feitos de ervas. Vai encontrar um tratamento especialmente formulado e suave para tantas circunstâncias diferentes que pode usar com segurança. Ervas tornam-se em remédios caseiros naturais muito facilmente. Pode encomendar um produto em já pronto, ou pode fervê-lo em água, pode fazer em sua casa os seus próprios remédios. Não é necessário nenhum equipamento especial ou instruções complicadas; vai economizar dinheiro e garantir a pureza e frescura. Pode facilmente fazer loções, chás, tinturas e cordiais.

Os chás de ervas são conhecidos pelas suas propriedades calmantes e por proporcionarem benefícios para a saúde por desintoxicar o organismo, limpeza do cólon e acalmar a ansiedade. Ocupando o segundo lugar após a água, o chá é a bebida mais consumida no mundo. Todos os tipos de chás têm propriedades antioxidantes por causa dos polifenóis que contêm. Os chás ervais são considerados um dos tipos mais satisfatórios e úteis de usar.

Então, se estiver interessado, faça uma descoberta natural, saber mais sobre ervas e plantas e como fazer o seu próprio tratamento fresco em sua casa. A sua saúde pode certamente sair beneficiada.
BIBLIOGRAFIA

sábado, 9 de abril de 2011

Moléculas de bruxaria
Introdução
D
e meados do séc. XIV até o fim do XVIII, um grupo de moléculas contribuiu para a desgraça de milhares de pessoas. Talvez nunca venhamos a saber exatamente quantas, em quase todos os países da Europa, foram queimadas na fogueira, enforcadas ou torturadas como bruxas durante esses séculos. As estimativas variam de 40 mil a milhões. Embora, entre os acusados de bruxaria, houvesse homens, mulheres e crianças, aristocratas, camponeses e clérigos, em geral os dedos eram apontados para as mulheres, sobretudo pobres e idosas. Propuseram-se muitas explicações para o fato de as mulheres terem se tornado as principais vítimas das ondas de histeria e delírio que ameaçam populações inteiras durante centenas de anos. Especulamos que certas moléculas, embora não inteiramente responsáveis por esses séculos de perseguição, desempenharam neles um papel substancial.
A crença na feitiçaria e na magia sempre fez parte da sociedade humana, muito antes que as caças às bruxas começassem, no final da Idade Média. Ao que parece, entalhes da idade Da Pedra representando figuras femininas eram venerados por seus poderes mágicos de propiciar a fertilidade. O sobrenatural está presente de modo abundante nas lendas de todas as civilizações antigas: divindades que assumem formas animais, monstros, deusas com o poder de enfeitiçar, magos, espectros, duendes, fantasmas, criaturas temíveis, metade animal e metade homem, e deuses que habitavam o céu, as florestas, os lagos, oceanos e as profundezas da terra. A Europa pré-cristã, um mundo cheio de magia e superstição, não era exceção.
À medida que o cristianismo se espalhou pela Europa, muitos antigos símbolos pagãos foram incorporados aos rituais e celebrações da Igreja. Em alguns países ainda são celebrados, como Halloween, ou dia das bruxas, a grande festa celta dos mortos, que assinalava o início do inverno, no dia 31 de outubro, embora 1º de novembro, dia de Todos os Santos, tenha sido uma tentativa da Igreja para desviar as atenções das festividades pagãs. A noite de Natal foi originalmente o dia festivo romano da Saturnália. A árvore de Natal e muitos outros símbolos (o azevinho, a hera, as velas) que hoje associamos ao Natal têm origem pagã.
Trabalho e tribulação
Antes de 1350 a bruxaria era vista como prática da feitiçaria, uma maneira de tentar controlar a natureza em nosso próprio interesse. Usar sortilégios na crença de que podiam proteger safras ou pessoas, fazer encantamentos para influenciar ou prover, e invocar espíritos era lugares-comuns. Na maior parte da Europa a feitiçaria era aceita como parte da vida, e a bruxaria só era considerada um crime se produzisse danos. As vítimas de maleficium ou de maldade produzidas por meio do oculto podiam empreender ações legais contra um bruxo, mas se fossem incapazes de provar sua acusação tornavam-se, elas próprias, passíveis de punição e tinham de pagar as custas do processo. Por esse método, evitavam-se acusações vãs. Raramente bruxos eram condenados à morte. A bruxaria não era nem uma religião organizada, nem uma oposição organizada à religião. Não era sequer organizada. Era apenas parte do folclore.
Por volta de meados do século XVI, porém, uma nova atitude em face da bruxaria tornou-se manifesta. O cristianismo não se opunha à magia, contanto que fosse sancionada pela Igreja e reconhecida como milagre. Quando conduzida fora da Igreja, porém, era considerada obra de Satã. Os feiticeiros estavam em conluio com o diabo. A Inquisição, um tribunal da Igreja Católica originalmente estabelecido por volta de 1233 para lidar com hereges, sobretudo no sul da França, expandiu seu mandato para lidar com a bruxaria. Segundo algumas autoridades, depois que hereges haviam sido praticamente eliminados, os inquisidores, precisando de novas vítimas voltaram os olhos para a feitiçaria. Os números de bruxos potenciam em toda a Europa era grande; a fonte possível de ganhos para os inquisidores, que partilhavam as propriedades e os bens confiscados com as autoridades locais, devia também ser enorme. Logo bruxos estavam sendo condenados, não pela prática de malefícios, mas por terem supostamente estabelecido um pacto com o diabo.
Esse crime era considerado tão horrendo que, em meados do século XV, as normas ordinárias do direito não se aplicavam mais a julgamentos de bruxos. Uma acusação isolada era tratada como prova. A tortura não era apenas admitida, era usada rotineiramente; uma confissão sem tortura era considerada pouco confiável, ideia que hoje parece estranha.
Os atos atribuídos aos bruxos, promover rituais orgíacos, fazer sexo com demônios, voar em vassouras, matar crianças, comer bebês, eram em sua maior parte absurdos, o que não impedia que se acreditasse neles fervorosamente. Cerca de 90% dos acusados de bruxarias eram as mulheres, e seus acusadores podiam ser tanto mulheres com homens. Se os chamados caçadores de bruxas revelam uma paranóia subjacente voltada contra as mulheres e a sexualidade feminina é uma questão por discutir. Sempre que um desastre natural acontecia uma inundação, uma seca, uma safra perdida, não faltavam testemunhas para atestar que alguma pobre mulher, ou mais provavelmente um grupo deles, havia sido vista cabriolando com demônios num sabá (ou reunião de bruxas), ou voando pelos campos com um espírito malévolo, na forma de um animal, como um gato a sue lado.
O furor tomou conta igualmente de países católicos e protestantes. No auge da paranóia da caça às bruxas, de cerca de 1500 a 1650, quase não sobrou uma mulher viva em algumas aldeias da Suíça. Em certas regiões da Alemanha houve algumas aldeias cuja população inteira foi queimada na fogueira. Na Inglaterra e na Holanda, contudo, a perseguição frenética às bruxas nunca se tornou tão encarniçada como em outras partes da Europa. A tortura não era permitida sob as leis inglesas, embora suspeitos de bruxaria fossem submetidos à prova da água. Amarrada e jogada num poço, uma bruxa de verdade flutuava e era então resgatada e devidamente punida, por enforcamento. Caso afundasse e se afogasse, considerava-se que fora inocente da acusação de bruxaria, um consolo para a família, mas de pouca valia para a própria vítima.
O terror da caça às bruxas só amainou aos poucos. Mas os acusados eram tantos que o bem-estar econômico ficou ameaçado. À medida que o feudalismo batia em retirada, e despontava o Iluminismo e que vozes de homens e mulheres de coragem que se arriscavam a ir para a forca ou para a fogueira por se oporem àquela loucura foram se elevando, a mania que assolara a Europa durante séculos foi se reduzindo gradativamente. Nos Países Baixos, a última execução de uma bruxa ocorreu em 1610, e na Inglaterra, em 1685. As últimas bruxas executadas na Escandinávia 85 mulheres idosas queimadas na fogueira em 1699, foram condenadas com base exclusivamente em depoimentos de crianças pequenas, que afirmaram ter voado com elas para sabás.
No séc. XVIII, a execução por bruxaria havia cessado: na Escócia em 1727, na França em 1745, na Alemanha em 1755, na Suíça em 1782 e na Polônia em 1793. Mas embora a Igreja e o Estado tivessem deixado de executar bruxos, o tribunal da opinião pública mostrou-se menos disposto a abandonar o temor e a aversão à bruxaria adquiridos em séculos de perseguição. Em comunidades rurais mais remotas, as velhas crenças continuaram dominando, e não poucos suspeitos de bruxaria perderam a vida, ainda que não por diante oficial de maneira violenta.
Muitas mulheres acusadas de bruxaria eram herboristas competentes no uso de plantas locais para curar doenças e mitigar dores. Muitas vezes também forneciam poções do amor, faziam encantamentos e desfaziam bruxarias. O poder de curar que algumas d suas ervas realmente tinham era visto como tão mágico quanto os encantamentos e rituais que cercavam as demais cerimônias que realizavam.
           Usar e receitar remédios à base de ervas era, na época, como agora, um negócio arriscado. As diversas partes de uma planta contêm níveis diferentes de compostos eficazes; plantas colhidas em lugares diferentes podem variar em poder curativo; e a quantidade necessária de uma planta para produzir uma dose apropriada pode variar segundo a época do ano. Muitas plantas podem ser de pouca valia num elixir, enquanto outras contêm medicações extremamente eficazes, mas também mortalmente venenosas. As moléculas dessas plantas podiam aumentar a reputação de uma herborista como feiticeira, mas o sucesso podia ele próprio acabar sendo fatal para essas mulheres. As herboristas com maior capacidade de curar podiam ser as primeiras rotuladas de feiticeiras.

 









quinta-feira, 31 de março de 2011

BRUXARIA DA NATUREZA
A tradição da bruxaria, nasceu dos celtas, povo que possuía uma sociedade justa, sem preconceitos, onde homem e mulher tinham o mesmo valor, chamada de sociedade matrifocal, a mulher possuía um conhecimento muito grande e era muito respeitada nas aldeias.
A Inquisição (Europa, século IV), foi um verdadeiro massacre, onde o preconceito contra o poder feminino, fez com que a igreja dominasse, passando a destruir a sociedade matrifocal, as mulheres que usavam o efeito curativo de ervas, sua intuição e sua sabedoria, foram denominadas Bruxas e queimadas na fogueira, assim nasceu a sociedade onde o homem possuía mais poder e a mulher que ousasse usar seus conhecimentos, seria torturada e morta.
Surgiu ai, o nome bruxaria, com um preconceito, que vem de séculos, e são pessoas como nós que estamos tentando trazer a paz e harmonia que existia a tempos.
Nos dias atuais a bruxaria, acabou sendo distorcida, sendo comparada com satanismo, devido a Inquisição.
Todas as vezes que fazemos rituais, agradecemos ao Sol por nos aquecer, a Lua por nos dar toda sua energia, as plantas por nos darem oxigênio, aos rios por nos darem as suas águas, enfim a tudo que tem vida, e não agradecemos somente por nós, agradecemos por todos os seres, que muitas vezes, não tem “tempo” nem para agradecer por estarem vivos.
O que hoje as pessoas não estão compreendendo, é que muitos grupos, com nomes diferenciados, que amam e cuidam da natureza, praticam o mesmo que nós o amor universal, para harmonia de todos os seres do planeta, por isso, lutamos para sermos felizes e darmos felicidade e um mundo mais alegre para todos.